É verdade o nosso Histórico com o Pé Leve não era famoso, tínhamos até à data acumulado 4 derrotas em 6 jogos ao longo de 2 épocas e meia, com um total de 15 golos sofridos.
Ainda estava na memória de todos uma derrota por 4-0 a 6 Dezembro, que ditou o nosso destino na presente edição da Taça.
O Mister para à comunicação social limitou-se a dizer "...são competições diferentes, uma é a eliminar a outra é uma prova de regularidade...".
Após estudo detalhado do adversário a teia foi montada.
O discurso para dentro estava interiorizado, "...é uma equipa com muitos putos que correm como ó car..., são especialmente fortes na transição da defesa para o ataque após recuperação de bola...se passa o 1º gajo nunca mais os agarramos..."
Foram dadas instruções especificas ao tandem de trincos para eliminar esta arma do adversário, foram mentalizados os alas para não descurarem tarefas defensivas quando o adversário tinha a bola.
Mais do que nunca a equipa estava preparada para o embate que se aproximava.
Alinharam de inicio:
Ainda estava na memória de todos uma derrota por 4-0 a 6 Dezembro, que ditou o nosso destino na presente edição da Taça.
O Mister para à comunicação social limitou-se a dizer "...são competições diferentes, uma é a eliminar a outra é uma prova de regularidade...".
Após estudo detalhado do adversário a teia foi montada.
O discurso para dentro estava interiorizado, "...é uma equipa com muitos putos que correm como ó car..., são especialmente fortes na transição da defesa para o ataque após recuperação de bola...se passa o 1º gajo nunca mais os agarramos..."
Foram dadas instruções especificas ao tandem de trincos para eliminar esta arma do adversário, foram mentalizados os alas para não descurarem tarefas defensivas quando o adversário tinha a bola.
Mais do que nunca a equipa estava preparada para o embate que se aproximava.
Alinharam de inicio:
De pé: Bordalo, Ricardo, Mário, Edgar e Mena
No chão: Miguel, Gilman, Nuno, Duate, Nero e Pedro
O Mister António optou por guardar o Imperador (Sommer) para reagir tacticamente a um treinador adversário de uma astúcia invulgar e um plantel de energia inesgotável, resguardou um Zeka ligeiramente tocado por um compromisso da noite anterior.
A 1ª parte foi quase perfeita tacticamente, controlamos o adversário que só conseguia posse de bola no seu próprio meio campo.
Íamos timidamente chegando à área adversária por iniciativas dos alas Miguel e Duarte, sem registar no entanto muito perigo, fomos ainda assim ganhando algumas faltas perto da área e alguns cantos.
Todos tinham a lição muito bem estudada nas bolas paradas ofensivas, Mário mais recuado e Mena a meia aste eram responsáveis por atacar homem e bola que viessem na contra-ofensiva, Edgar ficava sempre junto ao Ponta de Lança que ficava para trás, dependendo de onde fosse batida a bola ainda se juntava o Nero a este trio.
O público estava completamente tranquilo quanto ao nulo, mas também não via grande caudal ofensivo e perguntava-se se iria voltar a haver empate como na 1ª volta.
É aí que Pedro saca mais um coelho da cartola. Com a defesa adversária toda com os olhos no ameaçador Gilman, Pedro fecha ligeiramente o angulo coloca um pouco mais de arco e altura na bola do que o habitual e fá-la aninhar no angulo mais distante, estava desfeito o impasse.
Agora o Mister tinha a faca e o queijo na mão, a iniciativa tinha mesmo de ser do adversário.
Sem qualquer alteração táctica de assinalar, o Pé Leve limitou-se a imprimir um pouco mais de velocidade no jogo e a subir as suas linhas.
Mantivemos uma defesa baixa e as bolas que iam lançando no único avançado que colocavam entre os centrais era sempre presa fácil.
O arbitro não percebeu por vezes a virilidade do jogo e marcou algumas faltas que eram apenas disputas leais entre guerreiros, com isso o adversário foi tendo algumas bolas paradas que complementadas por alguns cantos foram criando sempre muito perigo.
Num dos mencionados cantos uma bola mal aliviada é rematada à barra e ainda recargada junto ao poste, o empate não surgia por mero acaso.
O adversário ia-se entusiasmando e parecia cair que nem um rato na nossa ratoeira.
Dito e feito, numa jogada em que o Pé Leve se encontrava balanceado no ataque com toda a equipa no nosso meio campo, Pedro recebe uma recuperação de bola que endereça imediatamente no reduto adversário, Miguel foge milimetricamente ao offside e isola-se perante o experiente Guarda Redes adversário.
Quando se adivinhava um golo cruel a fechar a 1ª parte, o guardião adversário faz o compasso de espera ideal para fazer hesitar o jovem extremo. Já sem espaço e com pouco angulo Miguel fica limitado a tentar uma trivela junto ao poste genialmente parada pelas luvas contrárias.
Na segunda parte o Mister adversário lança sangue novo no ataque, e passa a jogar com dois avançados.
O Mister António responde lançando o cambaleante Zeka na tentativa de confundir o adversário.
Sem que desse tempo das duas equipas se voltarem a encaixar surge o 2-0.
Num canto batido por Pedro do lado esquerdo para o coração da área, o guardião salta sozinho e, displicente esquece-se do efeito ciclónico imprimido à redondinha, imagem de marca do nosso médio criativo, larga a bola no pé do oportunista Ricardo que não desperdiça.
O Pé Leve estava longe de entregar o jogo, nunca pararou de correr, e tinha desta feita posse de bola no nosso meio campo.
Colocavam dois avançados junto ao centro da área, apoiados de quando em vez por um experiente Tomás Pires que parecia surgir do nada.
Se tinham até aí privilegiado iniciativas sobre a esquerda, com um Pestana muito inspirado mas sempre contido por um Edgar que se recusa a desistir de um lance, é num ataque rápido sobre a direita que acabam por surpreender.
Apanham Miguel desposicionado e fazem dois para um com o lateral, a defesa tenta subir em linha mas o erro já tinha sido cometido. Bordalo faz a mancha, mas é superiormente batido por uma cartola a que Gilman exausto já não chega.
O dano estava feito e o plano de jogo estragado, a equipa tremeu e o adversário ganhou alento.
Com o adversário balanceado e a jogar mais com o coração do que com a cabeça o nosso terceiro golo também podia ter aparecido. Num dia sóbrio todos tínhamos festejado esse magnifico tento com o Zeka junto à bandeirola de canto, assim presenciamos vários momentos de humor com que o adversário não sabia bem como lidar.
O adversário ia colocando carne no assador, utilizando um banco que parecia não ter fim.
É aí que o Mister António responde com a decisiva cartada, lança Ruben por troca com Nero, e volta a colocar em campo o Duarte por troca com um Cabral Pinto ainda à procura de ritmo.
Com a entrada de Ruben para o miolo da defesa Ricardo descai sobre a esquerda, onde Duarte passa a dar uma preciosa ajuda.
O Pé Leve começa a fazer um jogo mais directo a que os novos centimetros e kilos em campo deram muito jeito.
Ainda antes do final Cabral Pinto entra em missão de sacrifício por troca com Pedro completamente esgotado.
O jogo termina com o adversário a pressionar, mas com toda equipa muito solidária a garantir uma merecida vitória.
O Imperador a mostrar o "Key Factor" para uma noite bem sucedida lá para os lados do Autodromo.
Edgar numa das suas iniciativas mais significativas em todo o encontro.
1 comentário:
mUITO BOM ESTE COMENTARIO
rICARDO ISTO FAZ.ME A SEMANA!
OBRIGADO CAMPEAO
FB
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