O jogo adivinhava-se duro, os Incríveis tinham frequentado os lugares cimeiros da tabela classificativa tendo até à 5ª jornada ocupado a 3ª posição.
O orçamento reduzido dos Laranjada aleado a alguma incompetencia da equipa técnica não permitiu a observação e um estudo adequado do adversário para que o Mister montasse a teia.
Na dúvida lá fomos para luta com o nosso 4-1-2-3 orfão de um "10" clássico, mas muito fisico e batalhador.
O 11 foi então: Cado na baliza, Laterais Luis e Nero, Centrais Smi e Gilman, Trinco Zé Mário (Cpt.), Médios Interiores Zeka e Mena, Alas Duarte e Marujo, Striker Schaefer.
O banco de luxo era composto por: Vasco, Becas, Gui, Braza.
Defensivamente estivemos irrepreensíveis, montamos a ratoeira na linha intermédia e fomos tentando hora através de faluas, hora através de bananas explorar as costas do adversário.
A verdade é que a equipa dos Incríveis vinha com a lição bem estudada e respondeu na mesma moeda.
Jogou com as linhas muito juntas e não deixou muito espaço entre a última linha e o guarda redes, se por um lado o jogo parecia completamente controlado, por outro lado a zona de construção apresentava-se muito congestionada, dificultando as trasições rápidas com que costumamos criar perigo.
O Schaefer tinha a missão ingrata de andar a cheirar os centrais adversários e como a equipa não conseguia servir os alas, as bolas acabavam por não lhe chegar em condições de finalização.
Destacou-se por um look audaz (cortezia de Borrachinas o Galego) a fazer lembrar "Salvatore" no classico de Umberto Eco "Der name der rose".
Se por um lado não se proporcionava o lançamento de Duarte pela direita, por outro, o Marujo pela esquerda (se bem que nunca muito bem aproveitado) parecia ter a cabeça a mil à hora e não dava sequência a uma jornada cheia de glória como foi a do Sábado passado.
A melhor oportunidade acaba por surgir de um Zeka sempre muito lutador, inconformado e desta feita oportunista.
Depois de adormecida a defesa adversária, quando em posse de bola, Zeka surge de improviso, rouba a bola a Usain Bolt (central opositor) e é apenas travado por um guarda redes que se apresentou sempre em grande nível.
O triangulo do meio campo funcionava bem, o Capitão trabalhava de cadeirinha enquanto que os dois cachorros (Mena e Zeka) batiam o campo de uma linha à outra.
Lá atrás nada de novo, foram cometidas algumas faltas que poderiam ter sido aproveitadas para criar situações de aflição através de cruzamentos perigosos, mas o keeper nunca foi chamado verdadeiramente a intervir. Ou os livres saíam pouco profundos e eram solucionados ainda à entrada da área, ou os centrais sempre bem auxiliados pelo resto da equipa davam para as encomendas e limpavam sem cerimónias.
O intervalo chega sem grande história, registando-se apenas um incidente intestinal (que acaba por explicar muito do mau ambiente que se vivia na defensiva Laranja) que obriga Smi a ceder o seu lugar.
Entram assim os 4 suplentes e o Xadrez mantem-se.
Becas rende Schaefer, Vasco rende Mário (que cede a brassadeira a Nero), Braza rende Mena e Gui rende o indisposto Smi.
A segunda parte acaba por ser mais conseguida, por um lado os Incríveis pareciam arriscar um bocadinho mais, por outro o jogo acaba por partir sempre um pouco mais pela incapacidade fisica de alguns atletas.
O Keeper Cado mantem-se incógnito, chamado apenas a intervir em duas ocasiões em que a bola lhe é endereçada sem qualquer perigo e à figura.
No ataque acabaram por surgir mais oportunidades ficando na retina principalmente um remate do Marujo após assistência de Becas, que na cara do goal chuta rasteiro a razar o poste esquerdo.
A 15 minutos do fim o Mister opta por refrescar o meio campo, retira o incoformado Zeka e volta a introduzir o incansável Mena.
Nem de propósito, e quando a bancada já questionava a alteração, surge o momento do jogo.
Após lance duvidoso do experiente Vasco, que deixa o opositor desconcentrado e a falar com o fiscal de linha reclamando uma mão, Mena aparece isolado em frente ao keeper, opta por não rematar, contorna-o pela esquerda é tocado e obrigado a cair.
O Arbitro não tem dúvidas e aponta para o castigo maximo.
O Capitão Nero avança confiante (avalizado pelo Mister António), faltava um minuto e a partida ía ser sentenciada, mereciamos esta vitória principalmente pelo que produzimos na segunda parte.
A bola não é necessáriamente mal batida mas um penalti é sempre um penalti e só é verdadeiramente bem batido quando entra.
O Guarda Redes adversário confirma uma excelente exibição, adivinha o lado, atira-se com confiança e defende, estava diatdo o resultado final.
É um empate com saber a derrota mas na verdade é o sexto jogo consecutivo sem perder, resultando numa subida classificativa significativa.
Partimos de um 15º lugar à 5ª Jornada, para nos encontrar-mos agora na 6ª posição.
4ª feira la estaremos e os Milionários que se cuidem, pois alguém tem de pagar a factura...
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