segunda-feira, dezembro 20, 2010
Laranjada - 2 / ACDUL - 0
No final do treino de 5ª feira, como habitualmente fomos para sede especular sobre o adversário e a melhor forma de o encarar.
Muitos onzes se definiram, muitas tácticas se desenharam em vão, o nosso MISTERio tem a última palavra e como começou a trabalhar aos 53 anos, e começou a acordar mais cedo, não nos tem acompanhado.
Ficaram algumas dicas importantes e especialmente uma frase “com esta equipa não temos hipotese”, sejamos justos com o autor, os onzes conjecturados tinham por base uma convocatória que viria a ser alterada.
Sexta feira é enviada a convocatória, de 16 disponíveis tinham de ficar de fora dois, Zeka e Zé Mário, combater esta batalha sem o nosso “capitão” e amputados do nosso principal “coração” avizinhava-se tarefa difícil.
Reconhecendo a importância do momento, dois dos elementos mais experientes do plantel solicitam à equipa técnica dispensa do grupo dos 14 permitindo a introdução das duas peças chaves atrás mencionadas.
Este jogo e o seu resultado tinham um triplo significado:
- mostrar que as últimas nove jornadas sem derrotas eram fruto do trabalho realizado e não de um calendário aparentemente mais fácil
- confirmar que estamos à altura de ombrear com as equipas que se encontram no topo da classificação
- garantir que o jantar agendado para essa noite se realizava com a disposição ideal
As 7:00 de Sábado o primeiro imprevisto, um SMS de Schaefer quando saía do “trabalho” a avisar que não estando nas melhores condições seria melhor chamar outro.
No balneário o nosso grande MISTERio tomou a palavra em busca das habituais palavras de motivação e incentivo ao grupo.
A estratégia era controlar o adversário ao ponto de este se enervar com a responsabilidade de assumir o jogo e não o conseguir. Tudo isto porque segundo nos explicou o MISTERio, se o ACDUL perde-se este jogo perdia 13 pontos, aguardamos ansiosamente a informação da tabela classificativa para confirmar esta afirmação.
Assim sendo jogaram de ínicio:
Guarda Redes: Bruno
Laterais: Edgar e Luis
Centrais: Smi e Gilman
Trinco: Zé Mário
Médios Interiores: Zeka e Braza
Alas: Nero e Marujo
Striker: Duarte
Banco: Vasco e Becas
Se tudo corresse conforme planeado, tiraríamos partido de uma estafeta de raposas velhas na posição de trinco, primeiro o Capitão e depois o Sagui, o objectivo era eliminar o jogo do Miguel, um dos principais municiadores dos lances atacantes adversários.
O jogo começou e via-se bem que nenhuma das equipas iria correr grandes riscos, ambas defendiam atrás da linha da bola permitindo repetidas trocas de bola entre os centrais.
O ACDUL parecia jogar melhor este jogo de paciência, conseguindo mais posse de bola no inicio da partida, os centrais Laranjada não arriscavam e preferiam jogar longo, mas com o adversário posicionado era difícil jogar assim.
Aos 6 minutos a primeira oportunidade de golo pertence ao ACDUL, Cadete surge nas costas da defesa e chega a introduzir a bola na baliza Laranja mas o fora de joga já tinha sido assinalado.
Pouco tempo depois a primeira iniciativa atacante digna de registo dos Laranjada, Marujo é lançado na esquerda e consegue chegar à linha de fundo para centrar, o passe sai demasiado largo e acaba nos pés de Nero no flanco contrário este retribui o favor e o lance perde-se sem que seja criado verdadeiro perigo.
O ACDUL conseguindo pouca profundidade no seu jogo tentava a sorte de longe e aos 9 minutos Gui, ensaia um remate que sai muito por cima.
A defesa Laranjada pretendia demonstrar que recorreria a qualquer meio para levar de vencido o opositor directo, Smi com ímpeto habitual carrega por trás um adversário e vê o 1º amarelo do jogo.
A amostragem pareceu algo precipitada mas a intenção do arbitro era claramente segurar o jogo disciplinarmente desde o seu inicio.
Temia-se que, devido a características essencialmente Sul Americanas, Smi se tornasse um potencial risco para o resto do jogo, mas a verdade é que cumpriu espectacularmente as suas funções durante os 70 minutos sem nunca ter estado sequer perto de nova admoestação.
À frente da raposa velha estavam dois Rottweilers (Zeka e Braza) que não deixavam respirar o meio campo adversário, aos 18 minutos a pressão exercida dás os primeiros frutos, Braza lança Duarte, este divide uma bola de cabeça com keeper Manel à entrada da área, mas o cabeceamento sai inofensivo ao lado do poste esquerdo controlado por um defesa adversário.
No minuto seguinte Nero é bem solicitado na ala direita mas o centro sai por cima da barra.
A 10 minutos do fim da primeira parte o primeiro grande momento do jogo surge na nossa área, livre batido por Miguel da esquerda encontra Rombo desmarcado e este já quase de joelhos cabeceia acertando em cheio no segundo poste, a bola sobra para Cali que apanha o keeper Bruno em contra pé, mas este, mostrando a diferença que nos faz ter um guarda redes a sério entre os postes, recupera a tempo de fazer a primeira grande defesa da tarde.
O regresso muito ansiado do grande Galego, não podia ter surgido em melhor altura, a equipa ganhou outro folgo depois deste lance, os centrais ficaram a saber que nem todos os erros são fatais.
Pouco tempo depois livre idêntico desta feita batido para a área contrária, Luis bate tenso para o segundo poste onde aparece Smi em tackle deslizante batendo com o pé direito a bola ligeiramente ao lado.
Logo de seguida Duarte recebe ainda longe da área e tenta a meia distância para defesa a dois tempos de Manel.
Os Laranjada começavam a criar mais perigo nas transições rápidas e já se adivinhava o que aconteceu ao minuto 32, Nero entrega a Braza na direita, este bate um adversário directo aguenta uma carga, chega a linha de fundo e cruza atrasado encontrando Duarte que de primeira e rasteiro remata a contar junto ao poste, estava feito o 1-0.
O Intervalo chega sem mais nenhum lance digno de registo.
Apesar de uma grande primeira parte e tendo em conta que tudo corria conforme o planeado, MISTERio não hesita e troca uma raposa velha por outra, Vasco entra com novo folgo mas com as mesmas tarefas, segurar e orientar nas costas dos dois rottweilers e preencher os espaços normalmente pisados pelo médio ofensivo adversário.
Na ala direita Nero dá o seu lugar a Becas, e o MISTERio opta por deixar Duarte no centro do ataque tentando que este corresponda dando seguimento a uma primeira parte muito motivada e aguerrida.
No banco do ACDUL, dois suplentes de luxo, Dan e Antunes, preparavam-se para remar contra a maré na segunda metade.
Pouco tempo depois do inicio da segunda parte Duarte é carregado e cai lesionado chega-se a preparar substituição mas a massagista de serviço faz magia e o atleta volta a recinto de jogo.
Mantendo-se o critério adoptado na 1ªparte ficava um amarelo por mostrar.
Os Laranjada entravam confiantes alternando jogadas de ataque continuado com transições rápidas aproveitando as alas.
Aos 7 minutos Marujo não chega a tempo a uma solicitação sobre a direita e a bola perde-se pela linha de fundo.
5 minutos depois uma boa jogada de entendimento entre Braza e Marujo deixa o primeiro na frente do Keeper, Manel aproveita o angulo complicado em que Braza se encontra, faz a mancha e para eficazmente o remate.
Os Laranjada continuavam a equipa mais organizada e perigosa, Becas solicitado por Vasco na esquerda, retira um adversário da frente e centra para a entrada da pequena área, Duarte puxa um defesa para o primeiro poste, mas o outro central tira o pão da boca de Marujo que aparecia nas costas pronto para decidir a partida.
O ACDUL responde e Dani que tinha entrado para o lugar de Rombo coloca a bola nos pés de Miguel, este já dentro da área retira Gilman da frente, com um promenor tecnico delicioso, mas atira por cima da barra.
Na jogada seguinte os Laranjada são obrigados a ceder canto, este é batido e a defesa não consegue limpar bem a bola que sobra para um central adversário que no segundo poste remata ao lado do poste esquerdo, parecendo quererimitar o Mundialista Polga.
Aos 20 minutos Luis avança no terreno e depois de ultrapassar um opositor directo centra tenso para a entrada da área onde aparece Marujo a cabecear, a bola parecia levar selo de golo mas Manel com o excelente golpe de rins vai busca-la junto à barra.
Nesta fase o repórter começou a adivinhar um desfecho positivo e dirigiu-se ao balneário para preparar o fim da “Leia Seca”, perdendo concerteza jogadas de ambos os lados, aparentemente a mais significativa terá sido uma grande penalidade por marcar sobre Dani.
O segundo golo tal como me contaram aparece aos 27 minutos, enquanto se colocava uma grade fresquinha no nosso balneário, Becas desmarca-se na esquerda cruza para o primeiro pau e Marujo aparece oportuno a marcar com o pé direito.
A massa associativa vibrou à altura do momento.
Durante a minha ausência ainda registo para duas jogadas de perigo Laranjada, Braza isolado tenta picar sobre o guarda redes mas este defende.
Duarte também desperdiça uma oportunidade, que deixa em desespero a nossa falange PALOP.
Até ao final ainda dois lances do lado direito que podiam ter criado um resultado mais dilatado, Edgar lança Marujo em contra ataque, este desmarca Duarte que marca mas beneficia de posição irregular.
De seguida Edgar faz cabrito precioso, entrega em Marujo que tenta passar para Duarte e Becas completamente isolados, mas o passe é interceptado in-extremis pela defesa contrária.
Pouco tempo depois o arbitro dá por terminada a partida e tiramos foto para a posteridade.
Objectivo cumprido, vamos para o Natal e o Fim de Ano confiantes que podemos disputar os lugares cimeiros, mas nas duas próximas jornadas que fecham a primeira volta vamos ter oportunidade de o provar, primeiro contra os Purrianos e depois contra o Madeira.
Foi bom ter passado uma das melhores Orange Nights a celebrar uma vitória importante.
Grande jantar na Aldeia num restaurante de excelência onde o Sagui a Fernanda e o Frederico recebem como ninguém e coitado do Pedro trabalha sem descanso às ordens dos anteriores.
Seguimos para a sede do Carca onde o Toninho tratou de nós como se tivessemos jogados a vida toda com o Caramelo e o Helder.
Foi excelente voltar a ter connosco clássicos como Cabral Pinto e Bernardo Mota.
Acabamos no Jezz onde JÁ LÁ DENTRO demos um abraço ao grande Bordalo.
Não fomos para casa sem comer o melhor prego num raio de 100 metros do Casino do Estoril.
Obrigado, Vasco, Zeka e Edgar por uma noite épica sempre com a Bandeira atrás.
Obrigado "emplastro" pela permanente presença em todas as fotos.
Feliz Natal e boas entradas...
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