quarta-feira, março 09, 2011
Quartos Final Taça / Laranjada 2 - Olimpico 0
O Olímpico é uma equipa com a qual habitualmente nos damos bem, até à transferencia dos manos Aguiar, o melhor que tinham conseguido contra nós tinha sido um empate a zero na longínqua época de 2007/08.
Depois da Briosa são a equipa com quem temos a balança de resultados mais desequilibrada a nosso favor.
Mas não nos pode sair da memória a derrota por 2-0 para o campeonato que sofremos na época passada com golos dos dois ex-atletas Laranja.
Agora apoiados por Pedro Castro (mais um histórico Laranjada), o Olímpico merecia-nos o maior respeito.
O onze titular apresentado foi:
Keeper - Bruno
Laterais - Smi e Luis
Centrais - Ruben e Gilman
Trinco - Mário (Cpt.)
Médios - Zeka e Vasco
Alas - Miguel e Xana
Striker - Jota
Banco:
Duarte, Braza e Becas
Logo no início do encontro, Jota ganha uma bola de cabeça solta para Miguel que do lado direito do ataque chuta cruzado com o seu pior pé (direito) a bola sai enrolada ao lado do poste esquerdo, sem qualquer perigo para as redes do Olímpico.
O controlo de jogo era Laranja mas estávamos longe de criar oportunidades flagrantes de golo, o Olímpico organizava-se bem atrás e eliminava bem as nossas transições rápidas, que fruto de alguns passes transviados não provocavam o habitual perigo no reduto defensivo adversário.
Beneficiando de um livre à entrada da área, aplicamos uma jogada de laboratório, Luis mete respeito na barreira pelo seu conhecido pontapé canhão, mas solta rasteiro para Miguel que entra na área pelo lado direito e remata ao poste, com o controlo aparente do guardião adversário.
O Olímpico ia incomodando principalmente através de lances de bola parada, batidos por João Tiago e Pedro Castro para a nossa área à espera de um desvio mortífero.
Alguns destes livres ficavam curtos, os que saiam bem batidos iam sendo limpos competentemente pelos centrais Ruben e Gilman apoiados no ar pelo lateral direito adaptado Smi.
Finalmente numa jogada típica Laranjada após uma bola roubada no centro do terreno, Zeka leva o tempo suficiente para reconhecer a desmarcação de Jota endossa-lhe um passe certeiro, este vai à linha cruza para o miolo da área, Xana domina mal mas a bola sobra para Vasco que, de primeira, remata forte mas contra um defesa.
Sentia-se mais pressão sobre a defensiva adversária ainda que sem a acutilancia necessária nos momentos de decisão.
Num canto batido do lado esquerdo do ataque Vasco mete o pé à bola e aplica-lhe o "famoso Carcavelos", Smi bem identificado com esta iniciativa surge imponente no 1º pau, mas o cabeceamento sai ao lado.
O Olímpico incomodava de quando em vez, numa jogada de entendimento entre Miguel e Castro, proporciona um cruzamento para a área, Ruben aparece em salto de peixe a cortar sem tréguas para canto.
O canto é batido de forma curta, resultando num cruzamento demasiado fechado ao 1º poste, Nuno Aguiar luta pela bola mas o lance perde-se pela linha de fundo.
Chega o intervalo com o nulo no marcador, fica-nos a sensação de que o jogo está controlado, mas sem conseguir a vantagem ficava-mos à mercê dos já mencionados lances de bola parada Olimpicos, até aqui bem solucionados por uma defesa de esatura invejável.
Bem ciente do perigo, Mistério deixa centímetros em campo.
Retira Gilman e cria um bloco gigantesco no eixo da defesa, Smi e Ruben tinham carta branca para limpar tudo o que mexesse na segunda parte.
Para ocupar o lugar deixado livre por Smi à direita entrava o todo terreno Braza.
Entra ainda Duarte e Becas, para os lugares de Mário e Zeka.
Tentava-se assim dar um caris mais ofensivo à equipa, mas não se descurava a experiência de posicionamento à frente dos defesas centrais.
Vasco era agora o trinco, à sua frente jogavam Jota e Xana, nas alas Duarte tentava trazer mais velocidade, Becas era agora a referencia na frente de ataque.
O jogo recomeça como interrompeu, continuamos a demonstrar querer mais a vitória que o nosso adversário, mas na verdade vamos criando poucas oportunidades perante um Olimpico que se fechava bem não abrindo espaços nas costas.
Um livre a nosso favor ainda longe da baliza e Luis tenta a sua sorte, a bola é recolhida com segurança pelo keeper.
Um lançamento alto e algo aleatório para o centro da nossa área provoca algum desentendimento entre Smi e Bruno, o lance assusta mas acaba por não resultar em nada.
Beneficiando de uma canto do lado direito, Luis é chamado a converter, como era habitual no tempos dos "Pescadores" bate forte no segundo poste, Ruben aparece liberto de marcação e cabeceia venenoso para a pequena área onde aprece Becas oportuno a desviar também de cabeça para o fundo das redes.
Estava desfeito o empasse, tínhamos sabido tirar vantagem da nossa maior estatura nas bolas paradas, desta feita na área oposta.
Esperava-se agora maior iniciativa e risco por parte do Olímpico, era da maior importância aproveitar os erros que sempre acontecem quando uma equipa tem do seu lado a pressão de alterar o resultado num jogo a eliminar, para matar o jogo no contragolpe.
O Olímpico reage bem ao golo sofrido e João Tiago provoca alguns calafrios com um remate de longe que sai forte a rasar a barra.
Uma boa incursão de Xana pela direita cruza atrasado para Duarte, este perde o tempo de remate e tenta servir Miguel, a bola sobra para Luis que remata forte contra um defesa, a bola volta para os pés de Xana, solta simples para Braza que mete tenso na área Duarte aparece decidido a cabecear e só uma excelente defesa do keeper adia o segundo golo que ameaçava surgir.
O Olímpico subia de intensidade na disputa da bola e nós respondíamos bem lutando incessantemente por cada lance dividido.
Pedro Álvaro recebe uma bola à entrada da área enquadra-se bem com a baliza e remata para defesa segura de Bruno.
Jota agora no meio campo entrava com dureza na justa disputa da bola e colocava o meio campo adversário em sentido, libertando assim Xana para tarefas mais ofensivas.
Xana combinava agora bem com Duarte no lado direito do ataque, apanhando a defesa desposicionada. Beneficiando de um lançamento lateral o experiente Xana marca rápido para Duarte que faz uma diagonal e com o seu melhor pé arrisca o remate de fora da área, o keeper atento chega bem para a encomenda e recolhe com segurança junto à relva.
Becas funcionava bem como pivot, recebia a bola de costas para a baliza e aguardava as desmarcações dos alas a quem se juntava Xana, um falso meio campista.
Numa destas ocasiões Becas desmarca Xana que leva no um para um ganha espaço dentro da área e remata de pé direito em desequilíbrio para mais uma boa defesa do guarda-redes Olímpico.
Lá atrás destacava-se o bom entendimento e espirito guerreiro da dupla de centrais bem apoiadas nas alas por Braza e Luis e ao centro por Vasco.
Numa jogada de ataque continuado, Xana no flanco direito localiza a desmarcação de Miguel nas costas da defesa do lado contrário, o passe de pé esquerdo é muito bem medido e Miguel consegue, desta feita, fugir ao fora de jogo aparecendo no bico da pequena área a cabecear para o coração da área onde Becas de primeira desvia mas por cima da barra.
Um livre directo de zona frontal é batido forte por Duarte que obriga o keeper a uma defesa a dois tempos.
Miguel no flanco direito ganha bem uma bola dividida e joga para Becas, este antecipa-se ao defesa contrário mas tem tempo apenas para um toque de primeira que não chega a ser um remate, se o domínio tivesse sido conseguido poderia ter sido servido Duarte que se encontrava livre de marcação na área.
O Olímpico não perdia a vontade e continuava a arriscar tudo na busca do empate, a bola circulava por vezes no miolo do terreno em frente à nossa área, numa dessas ocasiões fomos obrigados a recorrer à falta.
O livre era indirecto, Pedro Castro e João Tiago aguardavam o apito perante uma barreira densa de jogadores Laranja. Pedro toca para João que chuta de primeira, o remate evita a barreira de tal forma que sai muito ao lado dos postes de Bruno.
O Olímpico pressionava mas a defesa não abanava, canto batido pelo Olímpico com a defesa a limpar bola sobra para João Tiago que recoloca tenso na área para novo corte da defensiva Laranjada.
Lançamento de linha lateral no flanco esquerdo para Vasco que coloca pragmático na área os defesas do Olímpico opõem-se bem mas deixam a bola nos pés de Jota, com remate pronto mas muito desviado.
Duarte faz pressão alta junto ao lateral rouba a bola deambula para o centro do terreno e arrisca novamente o remate que sai enrolado, apanhando o keeper desposicionado que é obrigado a ceder canto.
Luis é chamado à marcação bate novamente para o segundo poste, desta vez a bola sai um pouco mais alta, ainda assim Ruben ganha de cabeça desviando a bola para trás onde aparece Miguel a rematar de primeira desenquadrado e muito por cima.
Após novo lance de ataque continuado do Olímpico a bola é bem recuperada pelo meio campo Laranjada, já nos pés de Xana começa a desenvolver-se o contragolpe, Becas bem posicionado com o defesa nas suas costas, recebe ainda antes do meio campo adversário aproveita a desmarcação de Duarte e solta no momento certo, Duarte tira partido da sua velocidade e com as linhas do Olímpico demasiado subidas faz metade do campo perseguido pela defesa adversária, com a bola nos pés, contorna o guarda redes pela esquerda e atira para o fundo das redes sem oposição.
Estava ganha a tranquilidade e feita a vontade do Mistério, que rejuvenesce momentaneamente 20 anos e rende Miguel numa ala, para cumprir os poucos minutos que restavam na partida.
Pouco depois o apito final.
Nos jogos que se seguiram o Cosmos goleou facilmente o Independente por 10-0, o Madeira teve dificuldades inesperadas a ultrapassar os Milionários tendo de sofrer a lotaria dos pénaltis e o ACDUL superiorizou-se com clareza ao Madeirinha por 4-2-
Aguardamos agora o sorteio das meias finais.
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1 comentário:
Preciso do número de telefone do repórter..
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